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Comércio com a China em debate plenária da ACM

Comércio Exterior

Ações práticas, bons projetos, de preferência encampados por organismos da iniciativa privada, coletivamente.
Esses são passos que a Associação Comercial deve colocar em prática para fazer avançar a implantação de uma Câmara de Comércio Brasil – China, na opinião do jornalista Daniel Castro, autor do livro “China: de volta ao presente”.
Convidado pela ACM por intermédio do empresário André Mendonça (Grupo Lavamatic), Castro esteve na ACM, participando da plenária semanal da entidade. Com larga experiência no mercado chinês e na organização de missões àquele país, Daniel Castro, que é maranhense, hoje atua como diretor de Comunicação da Câmara de Comércio e Desenvolvimento Internacional Brasil-China (CCDIBC).
Durante o encontro com os empresários, Daniel Castro discorreu sobre estratégias que os empresários maranhenses devem adotar se desejarem incrementar o fluxo de negócios entre o Brasil e a China. Falou também sobre a cultura de negócios na China e aspectos nos quais o empresário maranhense precisa centrar sua preparação. Definição de projetos e de linhas de atuação, elaboração de portfolios objetivos e de fácil compreensão e o foco em ações coletivas, por exemplo.
O jornalista também conversou com os empresários sobre segmentos de negócios nos quais os chineses tem interesse: turismo, serviços, negócios ligados a extração de ativos da fauna e flora, itens que vão desde o exotismo de pele e barriga de peixes, corantes, até a oferta de serviços e atrativos turísticos. Frisou, entretanto, que aos chineses interessam negócios inovadores, uma vez que se trata de uma economia que busca na inovação sua própria consolidação como líder global.
De acordo com ele, o Maranhão, por sua localização geográfica, pelas condições de operações do complexo portuário do Itaqui, detém vantagens logísticas com reais condições de gerar um novo polo comercial com o mercado chinês, invertendo a lógica hoje existente.
Mas, para isso, ele defende que o empresariado construa alternativas de inserção, como por exemplo através de uma Câmara de Comércio bilateral. Conforme Castro, esta possibilidade permitiria a participação de linhas de negócios micro, uma vez que as iniciativas capitaneadas pelo setor público focam projetos de natureza macroeconômica, como siderúrgicas e portos, por exemplo.
Outra vantagem, segundo ele, é a perspectiva de maior agilidade e de continuidade em ações encampadas pela iniciativa privada, já que as iniciativas estatais sempre correm risco de descontinuidade nos casos de mudanças de governos.
“Se é interesse do empresário da Associação participar desse processo, é necessário se preparar para esse desafio e, a partir deste encontro, dar passos concretos, fazer avançar a construção da Câmara, investir nesse objetivo com ações efetivas, até porque, se o Maranhão deixar passar essa oportunidade, sempre vai haver um concorrente próximo que vai abraçá-la”, alertou Daniel Castro, colocando-se à disposição para as próximas iniciativas.

Fabrizio Duailibe, vice-presidente da ACM, e o presidente Felipe Mussalém discutem com Daniel Castro, alternativas de constituição de uma Câmara de Comércio Brasil – China, na ACM

 

Fabrizio Duailibe, Felipe Mussalém e Daniel Castro durante a Plenária da ACM