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História

Fundação

Fundada há 166 anos, a Associação Comercial do Maranhão (ACM) é uma das mais tradicionais entidades empresariais do Brasil. Sua trajetória se confunde com a história do comércio no Maranhão.

O passo inicial para a sua fundação foi dado no dia 21 de agosto de 1854, com a eleição de uma comissão de notáveis comerciantes, que deveria representar em todos os aspectos a classe comercial do Maranhão. Para presidir a comissão, elegeu-se o Comendador João Gualberto da Costa, figura eminente da sociedade daquela época.

Identificada com as aspirações do comércio, a “Comissão da Praça”, como ficou conhecida, teve uma atuação marcante junto ao Império e à Província até o ano de 1878, quando, sob o comando de José da Cunha Santos Júnior, transformou-se na Associação Comercial do Maranhão.

Órgão Técnico Consultivo

Gozando de prestígio público, a ACM foi reconhecida, no ano de 1917, como entidade de utilidade pública, através do Decreto Federal 3394. No ano de 1942 foi oficializada como Órgão Técnico Consultivo, prestando colaboração aos poderes públicos em questões de interesse empresarial. E, no ano de 1982, através da Lei 2586, foi reconhecida pelo município de São Luís como entidade de utilidade pública, ampliando ainda mais a sua atuação.

Ao longo desses anos, a ACM participou ativamente da solução de problemas surgidos no curso da evolução econômica do Maranhão. E a experiência acumulada pelas classes produtivas sempre serviu de inspiração para as normas e procedimentos criados para disciplinar assuntos fiscais e tributários estaduais e municipais.

Parceria com a comunidade

Mas não só os interesses da classe comercial foram objeto da atuação da ACM. A entidade sempre foi parceira da comunidade maranhense, defendendo-a ou procurando ser porta-voz de seus anseios, junto aos setores públicos, na intenção de estender à sociedade de modo geral maiores benefícios e melhorias.

Ou então, procurou proporcionar essas melhorias. Dois exemplos dessa postura são: a criação Biblioteca Clodoaldo Cardoso, que conta com um vasto acervo de periódicos e livros sobre economia e negócios e a construção de um moderno hotel com serviços de bar – o famoso “Hotel Central”, que à época de sua inauguração representava o que de mais moderno existia em nosso estado.

Já mais recentemente, com a criação dos Conselhos da Mulher Empresária e dos Jovens Empresários, a Associação Comercial participa e promove ações de responsabilidade sociais e empresarial, apoiando projetos como o Coroado de Natal; a divulgação do Impostômetro; ações sociais da Polícia Militar do Maranhão; ações na Comunidade São Pedro e muitas outras, tendo tornado-se membro do Instituto de Cidadania Empresarial do Maranhão – ICE.

Campanha da Produção

A Associação Comercial também proporcionou ao Maranhão outros benefícios relevantes. Um belo exemplo é a Campanha da Produção, iniciativa que contribuiu decisivamente para a construção da infraestrutura necessária ao desenvolvimento do Maranhão, atuando nos vácuos deixados pelo Estado nestas áreas.

Através da Campanha da Produção, foram construídas, com recursos dos comerciantes, as estradas vicinais necessárias para o escoamento da produção agrícola. E também distribuídas e vendidas sementes, além de viabilizado o ensino prático da operação de tratores e máquinas agrícolas.

A Campanha da Produção trouxe benefícios para os poderes públicos, ao empresariado e à sociedade maranhense, sendo decisiva para que o nosso estado conquistasse posição de destaque na produção agrícola brasileira.

Departamento de estatística

O Departamento de Estatística, criado e mantido pela ACM à época da Campanha da Produção, era fonte privilegiada de informações para técnicos do Estado e Município, e de Órgãos Federais que necessitavam consultar dados sobre entradas e saídas de mercadorias, movimento do Porto, classificação de mercadorias e outros índices representativos da atividade econômica estadual.

Posteriormente foram criados serviços especializados (Departamento Jurídico e Emissão de Certidões, por exemplo) que tiveram grande repercussão e transformaram a ACM numa referência para o empresariado maranhense. Hoje, vários outros serviços vêm sendo agregados, em sintonia com os anseios do empresariado e as exigências do mundo atual.

Chegando ao terceiro milênio

Entre as principais metas, a ACM deseja fortalecer a classe empresarial, atuando em defesa dos interesses dos setores produtivos e como catalisadora dos anseios da sociedade e do empresariado na promoção do desenvolvimento e da cidadania. Deseja ainda ampliar parcerias, promover o crescimento empresarial, disseminar informações e oferecer atendimento técnico especializado.

Ao ingressar no novo milênio, a Associação Comercial conquistou a certificação na Norma ISO 9001:2000, sendo uma das poucas a ter todos os seus processos certificados. Neste ano todas as melhorias implementadas com vistas ao Desenvolvimento Organizacional foram reconhecidas através da outorga do Prêmio associação Comercial referência 2005, da CACB.

Mantém-se firme no propósito de buscar incansavelmente o desenvolvimento local através do fortalecimento do empresariado e tem buscado criar para que as empresas possam melhorar a competitividade, quer seja através da ampliação de sua política de capacitação através de cursos gratuitos e de qualidade e do Programa de Gestão Empresarial.

A mais nova investida da ACM no sentido do desenvolvimento organizacional foi a realização do Planejamento Estratégico da entidade, para o biênio 2013-2014, que definiu a missão, visão, valores, o negócio e as prioridades estratégicas da entidade.

Fatos Históricos

Um episódio que marcou a história da ACM ocorreu no período do período da Revolução de 1930. Segundo Jerônimo Viveiros no livro História do Comércio, o Major Juarez Távora, responsável pela interventorias do norte do Brasil, solicitou à ACM uma avaliação do Interventor Federal e qual a opinião do regime. A resposta da ACM foi que a interventoria não buscou conhecer as aspirações do empresariado local e ficava trancado em seu gabinete. O fato provocou um clima de hostilidade por parte do interventor e não mais considerava a ACM como representante da classe produtora local.

Após um período de relativa calma, em 1934, a Secretaria de Fazenda já não aceitava as ponderações desta Casa, mesmo a ACM fazendo parte de uma comissão especialmente criada para discutir questões tributárias, especialmente quanto ao Imposto de Transações Mercantis e do lançamento do Imposto de Indústrias e de profissões.A diretoria da ACM, sob a presidência de José João dos santos, comunicou ao Secretário de Fazenda que considerava dissolvida a comissão já que o acordo entre a ACM e o governo não estava sendo cumprido.

A crise agravou-se, e houve rompimento, quando a ACM denunciou às autoridades federais e à bancada maranhense as irregularidades do Decreto 550 sancionado pelo Interventor. Este por sua vez ordenou a prisão dos senhores Edem Bessa, Arnaldo Ferreira, Afonso Matos, Arnaldo Correia e Aurino Penha, em 15 de maio de 1934. Quatro dias depois a prisão foi revogada depois de um harbeas corpus impetrado pela Presidência da ACM. O comércio de São Luís retornou à normalidade após as ordens do Presidente da República. Este também mandou seu representante, Vicente Rao, a São Luís, para comunicar ao interventor que o decreto imposto tinha sido revogado e que fora aceita a proposta da ACM.

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